Uma questão de etiqueta
Como você deve imaginar, eu sou ateu. Ou agnóstico talvez. Confesso que uso as duas palavras indistintamente. Quando me encurralam na parede e me forçam a revelar minhas crenças (ou ausência delas) eu prefiro dizer que sou ateu, tanto para não parecer que estou em cima do muro, quanto para encerrar a conversa mais cedo, escapando da explicação que a palavra "agnóstico" normalmente exige. O fato é que acho a questão irrelevante e normalmente não penso muito a respeito dela. Bem, hoje eu pensei um bocado.
Hoje devo ter recebido o milionésimo email evangélico. Novamente não é um email de um estranho mas de uma pessoa da minha lista de contatos; um conhecido que achou que podia pegar um email religioso qualquer e enviar para todo mundo que ele conhece, inclusive eu.
Pois depois de anos sem saber muito bem o que fazer com emails assim, eu decidi: vou enviar de volta cada email religioso que receber com um educado, mas enfático, pedido para não ser importunado com outros emails sobre este tema. Vou explicar que religião é algo que vem em diferentes sabores e que a escolha por um desses sabores é uma coisa pessoal, que normalmente implica em acreditar que todos os outros sabores são insossos, amargos ou insípidos. Assim, é uma questão de educação e etiqueta não escrever para as pessoas que você mal conhece, enaltecendo as qualidades do sabor que você escolheu e ignorando o fato de que muitas delas fizeram uma escolha diferente.
Só não decidi ainda se vou limitar minha resposta ao cristão remetente, ou se vou espalhar meu gentil protesto a todos os outros destinatários do indesejado email. Tenho a impressão que lá pelo fim do ano vou receber bem poucos votos de Feliz Natal...
PS: Se você nunca ouviu o quadro do grupo inglês Monty Python ao qual se atribui a ligação da marca de carne enlatada SPAM com a chateação dos emails não solicitados clique aqui.
Hoje devo ter recebido o milionésimo email evangélico. Novamente não é um email de um estranho mas de uma pessoa da minha lista de contatos; um conhecido que achou que podia pegar um email religioso qualquer e enviar para todo mundo que ele conhece, inclusive eu.
Pois depois de anos sem saber muito bem o que fazer com emails assim, eu decidi: vou enviar de volta cada email religioso que receber com um educado, mas enfático, pedido para não ser importunado com outros emails sobre este tema. Vou explicar que religião é algo que vem em diferentes sabores e que a escolha por um desses sabores é uma coisa pessoal, que normalmente implica em acreditar que todos os outros sabores são insossos, amargos ou insípidos. Assim, é uma questão de educação e etiqueta não escrever para as pessoas que você mal conhece, enaltecendo as qualidades do sabor que você escolheu e ignorando o fato de que muitas delas fizeram uma escolha diferente.
Só não decidi ainda se vou limitar minha resposta ao cristão remetente, ou se vou espalhar meu gentil protesto a todos os outros destinatários do indesejado email. Tenho a impressão que lá pelo fim do ano vou receber bem poucos votos de Feliz Natal...
PS: Se você nunca ouviu o quadro do grupo inglês Monty Python ao qual se atribui a ligação da marca de carne enlatada SPAM com a chateação dos emails não solicitados clique aqui.
2 Comments:
Os piores são aqueles que você recebe do estilo: "de uma prova de amor, envie para 1.500 pessoas".... com aquele ppt do inicio da internet...
Ótimo post.
A crença em deus é mais um ponto de vista do que uma crença sustentada por evid~encias palpáveis. Deus, por si só, é um ser muito difícil de se encontrar (assim como dragões em garagens na analogia de Sagan). É difícil de se provar falso ou verdadeiro.
Por isso a crença ou não em sua existência é mais um ponto de vista pessoal de cada pessoa.
PS: Comecei o trabalho.
[]'s
Fernando
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