Joe Nickell
Joe Nickell é uma das pessoas mais amáveis, simpáticas e engraçadas que já conheci na vida.
Para aqueles que não dispensam sua apresentação, Mr. Nickell faz parte do CSICOP (Comitte for Scientific Investigation of Claims of Paranormal) e é autor de dezenas de livros que são referências para os céticos de todo o mundo.
Encontrei-o no lobby do hotel, logo depois do almoço (que merece um post à parte sobre a comida argentina). Ele estava com Alejandro Borgo, editor da Pensar e coordenador do evento, e Benjamin Radford, editor assistente da revista. Quando me apresentei e disse que era um grande fã dele, Nickell abriu um largo sorriso e exclamou "Oh, my second fan!!" e me deu seu cartão de visitas, um nickel de madeira (nickel... Nickell, entendeu?).
Depois me explicou que aquele nickel era mágico e o fez sumir entre seus dedos e aparecer em lugares inusitados, performance que eu o veria fazer diversas outras vezes ao longo dos dias seguintes, sempre com o mesmo entusiasmo.
De início achei que ele seria uma figura um tanto inacessível mas estava bastante enganado. Nos dois dias seguintes conversamos muito, o que só fez crescer minha admiração por ele. Na noite de sábado eu e Juan deGenaro, do "Argentina Skeptics" tentavamos fazer uma espécie de "entrevista coletiva" com Benjamin, que trabalha investigando fenômenos paranormais com Nickell, no bar do Hotel, quando o próprio Nickell se sentou em nossa mesa e nos brindou com horas de conversa impagável. Eu, que até então estava gravando tudo meio improvisadamente com o Palm da minha esposa, pedi permissão a ele para que pudesse gravar suas palavras. Ele me disse "I'm very shy...", mas concordou. De qualquer maneira a esta altura o Palm já tinha travado duas vezes (não se pode confiar em nada que não use Mac OS?!) e a entrevista trilíngue não estava rendendo muito para o fim que eu gostaria (um futuro podcast cético), com mais e mais pessoas chegando ao bar, o barulho de fundo ficando cada vez mais alto e as cervejas passando perigosamente sobre o Palm na mesa. Depois de um tempo desliguei o troço todo e curti a conversa.
Depois da minha apresentação no domingo abandonei um pouco a conferência e o encontrei sentado no corredor, descansando e rascunhando algo em um bloquinho. Ele puxou conversa e me disse que tinha gostado bastante da minha apresentação (que foi em espanhol, mas com tradução simultânea). Um elogio do Joe Nickell... coisas que o dinheiro não paga. Depois me revelou que está escrevendo um livro infantil para seu neto e que escreve poesias nas horas vagas. Tudo sem computador, que odeia (aliás ele não tem email), o que eu já tinha desconfiado quando ele utilizou um velho projetor de slides em sua apresentação; projetos que deu tanto trabalho, que depois de conseguir deixar tudo funcionando Nickell exclamou com outro largo sorriso "it's a miracle!!".
Encontramo-nos novamente no lobby do hotel, na segunda feira, quando mais ou menos à mesma hora todos fechavam suas contas. Conversamos um pouco mais sobre a melhor maneira de divulgar o ceticismo, perguntei-lhe sobre o racha no CSICOP e a saída de algumas pessoas logo nos primeiros anos e mais algumas coisas. Ele acredita que o ceticismo só pode ser conduzido com investigação e pensa que esta investigação deve ser feita de mente aberta e não simplesmente chegando ao local do fenômeno arrogantemente já convencido de que se trata de uma farsa e usar de todos os meios para desmascará-lo. Em resumo, ele não acha impossível que exista uma casa realmente assombrada, apenas não descobriu nenhuma ainda.
Finalmente nos despedimos com uma brincadeira, com ele dizendo que eu poderia ser seu discípulo. E eu sem nenhum livro seu para pedir uma dedicatória... (como se sabe, a única maneira decente de se pedir um autógrafo a alguém).
Grande Mr. Nickell... espero vê-lo novamente.
Para aqueles que não dispensam sua apresentação, Mr. Nickell faz parte do CSICOP (Comitte for Scientific Investigation of Claims of Paranormal) e é autor de dezenas de livros que são referências para os céticos de todo o mundo.
Encontrei-o no lobby do hotel, logo depois do almoço (que merece um post à parte sobre a comida argentina). Ele estava com Alejandro Borgo, editor da Pensar e coordenador do evento, e Benjamin Radford, editor assistente da revista. Quando me apresentei e disse que era um grande fã dele, Nickell abriu um largo sorriso e exclamou "Oh, my second fan!!" e me deu seu cartão de visitas, um nickel de madeira (nickel... Nickell, entendeu?).

De início achei que ele seria uma figura um tanto inacessível mas estava bastante enganado. Nos dois dias seguintes conversamos muito, o que só fez crescer minha admiração por ele. Na noite de sábado eu e Juan deGenaro, do "Argentina Skeptics" tentavamos fazer uma espécie de "entrevista coletiva" com Benjamin, que trabalha investigando fenômenos paranormais com Nickell, no bar do Hotel, quando o próprio Nickell se sentou em nossa mesa e nos brindou com horas de conversa impagável. Eu, que até então estava gravando tudo meio improvisadamente com o Palm da minha esposa, pedi permissão a ele para que pudesse gravar suas palavras. Ele me disse "I'm very shy...", mas concordou. De qualquer maneira a esta altura o Palm já tinha travado duas vezes (não se pode confiar em nada que não use Mac OS?!) e a entrevista trilíngue não estava rendendo muito para o fim que eu gostaria (um futuro podcast cético), com mais e mais pessoas chegando ao bar, o barulho de fundo ficando cada vez mais alto e as cervejas passando perigosamente sobre o Palm na mesa. Depois de um tempo desliguei o troço todo e curti a conversa.

Encontramo-nos novamente no lobby do hotel, na segunda feira, quando mais ou menos à mesma hora todos fechavam suas contas. Conversamos um pouco mais sobre a melhor maneira de divulgar o ceticismo, perguntei-lhe sobre o racha no CSICOP e a saída de algumas pessoas logo nos primeiros anos e mais algumas coisas. Ele acredita que o ceticismo só pode ser conduzido com investigação e pensa que esta investigação deve ser feita de mente aberta e não simplesmente chegando ao local do fenômeno arrogantemente já convencido de que se trata de uma farsa e usar de todos os meios para desmascará-lo. Em resumo, ele não acha impossível que exista uma casa realmente assombrada, apenas não descobriu nenhuma ainda.
Finalmente nos despedimos com uma brincadeira, com ele dizendo que eu poderia ser seu discípulo. E eu sem nenhum livro seu para pedir uma dedicatória... (como se sabe, a única maneira decente de se pedir um autógrafo a alguém).
Grande Mr. Nickell... espero vê-lo novamente.
1 Comments:
Que inveja! :-)
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